quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Despedida . . .




















Tenho uma sensação descomunal de tristeza de ferimento a mim mesmo, é certo que estou numa fase de despedida de um sonho que por deveras saiu frustrado, uma vez mais. De certa forma dá para “anexar” a um outro vivido há cerca de 2 anos atrás. Sinto-me de certa forma encurralado sem saber o que fazer, para onde me virar primeiro, é certo que tenho de dar um clic e começar, num vocabulário popular diria a “desenrascar-me”, é como se estivesse a olhar para um conjunto de círculos paralelos entre si e tivesse aquela sensação de “estonteamento” visual em que tudo anda à volta, e de alguma forma sinto aquela perturbação e desespero ou sufoco a subir por mim mesmo. Transpiro, penso, sinto um aperto enorme, mas não consigo desviar os olhos destas ” linhas geométricas”, situação que me levam a este estado, uma vez que o desapontamento ainda é recente, digo, actual.
Aquela ideia de adolescente que tudo se consegue com esforço até no fundo pode ser verdade, pena é que cada vez mais as oportunidades para as termos e/ou conseguirmos estão de certa forma escassas, o mercado está lotado, as pequenas possibilidades estão completas por inúmeros factores da actualidade.
Sinto o tempo regredir, é como se tivesse a lutar contra “ele”, provavelmente isto chama-se Viver, vida actual à qual não gostaria nem queria presenciar. Pela terceira vez irei dar mais um “tiro no escuro”, e optar por uma outra área, e os procedimentos devem certamente ser os mesmos, empenho, formação, estágio, e garantias de futuro na profissão ….. Infelizmente terei de dizer que nenhumas. Acabo por gostar de tudo não gostando de nada, um pouco complexo, mas acaba por ser assertiva, uma vez que gosto, tento concretizar esse sonho profissional, chego à semi-final e cortam-me as pernas e muito simpaticamente dizem, volta ao inicio deste procedimento porque este não será o teu futuro. Sentimento este extremamente frustrante, parece que não consigo acertar, ou terei mesmo de cair na realidade, uma vez que vejo as coisas passarem por mim como vultos e não as consigo (ou não posso mesmo) apanha-las.
Espero nunca me arrepender, olhar para trás e dizer que já é tarde demais para concretizar esta idealidade pessoal/ profissional que tanto “corro” e dou tudo para a obter. Nunca pensar que as minhas opções e/ou prioridades, não foram definitivamente as mais convenientes nesta minha etapa literária, vocacional e da minha própria vida pessoal.
Irei encerrar este capítulo, que na verdade teve diversos momentos, distintas transições, que no final sempre olho para trás e consigo tirar várias conclusões de tudo o que passei neste longo ano. Essencialmente pelas experiências profissionais e pessoais que obtive (quer positivas ou negativas), e por outro lado, pelas “poucas” pessoas fantásticas que tive a oportunidade de conhecer que decerto quero permanecer um certo contacto, eventual.
E assim, deste modo finalizo mais um capítulo da minha breve passagem pela Vida.
P.S - O mais triste de uma partida é a incerteza de um regresso...


Foto e Texto de: Fabricio Lopes

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Liberdade . . .




















Um momento, uma foto, um macro que inspira uma certa liberdade pessoal, autonomia, provavelmente alguma mudança, leveza, inconstância, alegria ou por outro lado um recomeço.
Recomeço este que de certa forma foi impingido por diversas circunstâncias. Peço-te apenas, que jamais me deixes sozinho, preciso de ti, nos demais aspectos, para poder seguir este meu tão extenso caminho, porque sem ti nada valia ter enfrentado, nesta tão pavorosa caminhada. Digo, sem pudor que por ti já chorei, já sorri, já aprendi a sentir-me estável como nunca antes me senti.
Adoro quando me olhas nos olhos daquela forma, e suavemente passas a mão pela minha cara e beijas-me calorosamente, digo sempre que pequenas coisas fazem grandes momentos, isto no geral, para mim pequenas coisas nas quais dou grande valor fazem a minha pequena e humilde felicidade. És especial para mim, nunca te menti nunca te traí e de certa forma foste o meu ponto de partida e serás certamente, o de chegada. Por vezes quando eventualmente, discutimos penso que se tem mesmo de ser assim..
Se me deixares sozinho diz-me o que é que eu vou fazer será que irei enlouquecer?
Vou caminhando por aí. Poderia dizer como digo sempre, fomos feitos para dizer adeus nas demais situações, mas desta vez prefiro acreditar que num breve abrir e fechar de olhos irei te encontrar onde te vi pela última vez.
Dá-me as tuas asas para seguirmos em frente, voarmos sem parar, posteriormente e bem no alto, olha para a lua e aí verás meu verdadeiro olhar.

Foto e Texto de: Fabrício Lopes